quarta-feira, 21 de julho de 2021

Conf(i)usões de uma quarta feira

 

O cursor bate intermitente em minha tela, estou no meio do meu expediente de uma quarta-feira de um mês interminável. Olho o relógio, não se passou nem 10 minutos da última vez que olhei. Pensei em escrever.

Mas escrever o quê? Esse emaranhado de sentimentos que me cercam ou aqueles que deixo guardados em prateleiras, organizados por ordem alfabética que os consulto sempre que preciso?

A vida olha pra mim, para meus sentimentos e simplesmente ri. Ri porque nada sai do jeito que planejo, ri porque é ela que tem o controle disso tudo aqui. Caminho de um lado para o outro da sala, olho mais uma vez o relógio, se passaram vinte minutos desde que comecei a devanear. Aliás, tem tempo que não junto palavras soltas com os pensamentos livres para passar umas ideias meio que sem sentido.

A pandemia me deixou assim: ansiosa, perdida, descrente. Vi o melhor e o pior das pessoas e espero não ver mais nada daquilo que vi.

Mas hoje é apenas quarta-feira.

Deixa o dia rolar.

As coisas hão de acontecer.

A vida há de passar.

Deixa estar.

 

2021

 Primeira postagem de 2021.

Talvez seja a última, talvez seja mais uma, talvez.

O certo é que pensei muito antes de reabrir este blog, hoje em dia não está mais na moda escrever, as pessoas preferem fazer vídeos, manter instagram mas preferi deixar meu blog aberto com a condição de ter inspiração para escrever algo. A inspiração chegou e espero conseguir escrever um pouco de tudo que estou vivendo (ou quase).

Bem, estou aqui. Hoje é dia 21 de julho de 2021. Esse mês parece interminável, estou há dois anos no mesmo emprego, numa rotina de acorda-trabalha-volta pra casa-dorme. Não reclamo, não é o que queria mas é o que garante pelo menos as contas pagas no final do dia. Apesar da pandemia, tenho vivido. Com menos medo que no começo, confesso. Porém, mesmo com o risco eminente, tenho tentado sair de casa pelo menos para andar ao redor do bairro, ver pessoas mesmo que de longe e tentar focar a mente em outra coisa que não seja o desastre de nossas vidas.

O primeiro semestre foi bem corrido. Estou concluindo um curso técnico na minha área que deveria ter acabado no ano passado. Estudar a distância é exaustivo, requer muito mais disciplina e atenção com as atividades do que presencial já que o aprendizado fica por conta do aluno. Tenho tentado dar o melhor de mim, apesar dos pesares. No trabalho tudo vai bem, gosto das pessoas que divido meu dia, tem dias que dá vontade de jogar tudo para o ar (mas depois quem vai ter que catar sou eu, então deixa...kkkkk), nada que um café, um copo d’água e uma conversa prosaica não resolva...

Uma das resoluções de fim de ano que consegui realizar foi ter começado a fazer terapia. Estou acompanhada por uma profissional muito humana que desde o início tem me mostrado como resolver minhas questões internas. Uma das coisas que mais me provocaram durante minhas sessões, foi justamente um apagamento sobre quem eu sou e o que eu quero da vida. Fazia tempo que não olhava para mim. E não reparei nisso. Sempre os outros em primeiro lugar, família, meus pais, sobrinhos... sempre eles e eu apagadinha ali no canto. Espero colocar em pratica pelo menos um pouco o que aprendi.

Eu deveria ter começado o acompanhamento psicológico cedo. Pena que não tive oportunidade de fazer antes.

No lado amoroso, estava há dois anos sozinha. Não estava saindo com ninguém por causa da pandemia e também pq estava achando todo mundo muito feio... hahaha

Depois de algum tempo, isso mudou. Um certo alguém cruzou o meu caminho e mudou a direção (Lulu Santos, corre aqui migo! hahaha). Não me pergunte o que é ou o que foi. Mas está legal. (Será que agora vai?).

No mais, tenho me preparado para uma nova aventura: Viajar nas férias, depois de me vacinar. O que vou encontrar: Não sei. Mas quero saber. (Vai servir até de inspiração para novas postagens).

Prometo aparecer.

Neste ano? Talvez

Mas apareço...;-)

 

 

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