quinta-feira, 15 de setembro de 2011

HIstórias de amor... Amor de Histórias





Outro dia estava a questionar sobre a efemeridade da vida... Vivemos numa sociedade que cobra-nos sempre que sejamos o melhor, mas a esta sociedade não nos cabe o melhor... Vejo o quanto as pessoas esfriaram em relação aos seus sentimentos... Mas existe um momento especial em minha vida, momento este que faz meu coração vibrar e se aquecer: quando escuto uma história de amor... Sim, história de amor... Não pense somente em histórias de amor entre homem e mulher... Existem muitas outras que esperam ter uma chance para ser contada e contagiar a sua vida também...
Eu tenho uma linda história! E isto findou-se com a morte do meu ser amado: Aparecido... Bem, nossa relato começou num ensolarado dezembro, há quase 03 anos atrás... Sempre fui alguém de muitos sentimentos, dos quais o que sempre busquei cultivar foi a solidariedade para me sentir mais humana... Abro a porta da cozinha que dá para o quintal e tenho a visão do meu amado! Um gato de rua, ansioso por um lar e alguém que o acolhesse não somente em sua casa mas também no coração... Assim o fiz, por instinto o via como uma criança apesar de saber muito a diferença!
Este animal esteve em todos os momentos de aflição em minha vida.... Ao chorar, ele parecia pressentir o que ia acontecer sentava ao meu lado e me olhava profundamente com seus grandes olhos. Gritava lá no fundo o quanto ele era especial para mim... Não me recordo de momento algum que chorei sem Cido... Quando estava muito triste, ele deitava ao meu lado e pedia carinho como forma de me consolar...
Cido me deixou em 29 de agosto, nove dias depois de ter terminado um relacionamento o qual julgava essencial para mim... Acreditem, doeu mais perder meu bichano do que terminar aquela relação... Fiquei inconsolável, achei que iria cair em depressão por ter perdido meu gato... Porém, uma força maior me deu uma das maiores lições que um ser humano pode aprender: nossa existência é só uma passagem, estamos aqui para cumprir algo na vida de alguém e isso se aplica a seres humanos ou animais... Depois da nossa missão cumprida, é nosso dever deixar a vida daquela pessoa para que ela possa andar com suas próprias pernas... Cido foi mais que um gato de companhia, foi o meu filho, foi meu consolo! A saudade ainda dói, por ver algumas coisas que eram dele... O potinho onde guardava a comida dele ainda cheio, olhar para os lugares onde ele gostava de ficar e não vê-lo... Ainda espero sair e encontrá-lo na porta da minha casa me esperando com um amor tão dedicado tão gratuito... Ou até mesmo, vê-lo pulando o portão para me encontrar e miar ao ver que estava por perto... Sei que ele cumpriu a missão dele, mas a saudade que sinto dele é muito grande.







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