Sempre fui bastante vaidosa e feminina. Gostava de maquiagem, esmaltes, passear com minhas colegas no shopping para ficar por dentro dos últimos lançamentos e fazer umas comprinhas.
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Fotos: Setembro de 2012/ Setembro de 2013/ Fevereiro de 2014. Acho que estou rejuvenescendo...rs |
Mas quando o assunto era cabelo, minha vaidade pedia um 'com licença' e saia correndo. Nunca soube cuidar dos meus cabelos. Quando criança, minha mãe também não sabia nem tinha experiência com a textura crespa dele, comecei a alisar os cabelos aos 7 anos de idade.
Ou seja, vivi minha vida toda sem saber ao certo qual era a textura exata de meu cabelo. Durante 4 anos usei alisamento com amônia, até que minha mãe resolveu cortar meu cabelo bem curtinho.
Usei meus cabelos assim até uns 12 anos quando descobri um procedimento chamado "Ferro quente" que é a avó das pranchas e chapinhas conhecidas hoje. Alisava meus cabelos assim e eles ficavam lindos. Um dia, resolvi não querê-los mais assim e voltei a usar química em meus cabelos. E entre uma química e outra usei várias, fui da amônia, peróxido de hidrogênio e sódio, nenhum deles conseguiu me dar o resultado desejado. Aos 24 anos de idade, resolvi experimentar a Guanidina. Meu cabelo cresceu, ficou de um jeito que nunca tinha visto, com brilho, volume e maciez. Mas, não deixava de usar ele preso, num coque ou rabo de cavalo, até que decidi no dia em que completei 26 anos deixar de usar química. Foram 04 meses, sem usar nada na raiz até que resolvi cortar toda a parte com a química e deixar meu cabelo crescer natural.
Naquela noite do 12/01/2013 chorei... Passei quase 01 semana sem querer sair de casa, senti falta de meu cabelo afinal, ele já estava quase nos meus ombros, mas já estava um pouco conformada. Aquele cabelo não era meu. Eu sempre detestei ficar horas em salões esperando para ser atendida e queria sentir a textura real de meu cabelo. Foi um espanto para minha família e amigos. Logo eu tão vaidosa! Porém ao final tudo ocorreu bem, meu cabelo cresce saudável e a um ritmo que antes não tinha. Hoje, faço tranças, hidrato, lavo com mais frequência e sinto-me livre daquela obrigação de estar sempre alisando e sofrendo com tanta química na cabeça... As meninas que estão passando por esta transição: Paciência. É muito difícil os primeiros meses e ouvir as críticas, mas no final tudo dá certo e o que vale são os nossos reais desejos...
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Em setembro de 2012 e diversas, a última foto 6 meses depois do Big Chop |