Não era primavera.
Não era setembro surgindo resplandecedor no horizonte...
Era apenas um agosto comum, um lugar comum de uma vida mais comum ainda...
Era possível ver o horizonte, o cheiro de mar, as nuvens carregadas no céu.
Era possível tocar o inverno, sentir sua tristeza ao ver os dias indo-se mais cedo.
Era um carro, um ônibus, um chão...
Era a vida que seguia de certa forma em formato de um encontro, tão aguardado e querido pelas nossas almas...
E elas se olharam - entrelaçaram- se aqueceram, aconteceu tantas coisas que nem sei por onde começar senão pelo começo. Onde tudo inicia, onde tudo gera-se na força que movimenta o mundo, que impulsiona as estrelas, a vida....
E um encontro do nosso reencontro já marcado, por que em alguma parte do universo algo já conspirava. Logo nós, dois mortais, talvez condenados a nunca nos encontrarmos numa esquina qualquer, numa data qualquer estávamos assim frente a frente e cheio de medo, duvidas e certezas. Medo de não ser aquilo. Duvida se era aquilo e certeza que era aquilo. Mas o que seria aquilo, se não o fosse? Aquela vontade de romper com qualquer barreira de separatismo. Aquilo que dá no coração humano e faz-nos deuses de nossa existência. Aquilo que impulsiona, recria e traz o novo. Aquilo que é mágico e pode acontecer entre dois seres humanos abnegados de sua existência. Aquilo.
Agosto seguiu. Com suas cores cinzas sendo impulsionado pelo nove, o Setembro e sua renovação de vida, suas cores e seus amores... Mas Aquilo. Aquilo acompanhou-me (e acompanha-me) até hoje...
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